Como já dizia Pablo Neruda: “Uma criança que não brinca não é uma criança! Mas o homem que não brinca perdeu para sempre a criança que nele vivia”

E é com essa ideia, que hoje o nosso artigo será dedicado a criança interior que habita – ou pelo menos deveria – dentro de cada um de nós.

Afinal, é a partir da mais pura inocência e dos sentimentos mais simples, que podemos despertar nossos sonhos, viver nossas mais genuínas alegrias e conquistar a tão sonhada e verdadeira felicidade na vida.

Por isso, fique até o final do texto e confira algumas dicas sobre esse tema tão interessante e que, de fato, pode ajudar você a enxergar a vida com outros olhos.

Vamos conferir? Boa leitura!

Em primeiro lugar, como anda a sua “criança interior”?

Antes de mais nada, compreender essa ideia de “criança interior” de nada tem a ver com amadurecimento ou maturidade da pessoa. Na verdade, dentro da psicologia, esse termo remete a parte íntima e intransferível de cada um de nós, que está ligada ao nosso desenvolvimento de vida, às crenças, aos afetos e lembranças que foram construídos desde os nossos primeiros dias e que, de alguma forma, os carregamos até hoje.

E isso pode ser encontrado nos anseios, sonhos, carências, traumas, medos, desenhos, entre outros infinitos sentimentos que até hoje nos influenciam em maior ou menor grau.

Para se ter uma ideia, a falta de amor, por exemplo, que é fator normalmente carregado desde a infância, é responsável por diversas tendências autodestrutivas, como insegurança, raiva, depressão e outros desequilíbrios de nossa vida emocional.

Por isso, saber como anda a sua criança interna é um passo fundamental na busca pela felicidade e bem-estar geral, pois muitos desses problemas, dores e insatisfações passadas são meramente maquiadas e toleradas durante a fase adulta.

Como certos “danos” afetam você adulto?

Como bem destacamos, quase que como uma obrigação imposta pela sociedade, o adulto passa a lidar e aceitar os seus traumas do passado e, em geral, esses sentimentos são guardados interiormente ao longo de toda a vida.

E quando determinados traumas não são devidamente tratados na fase infantil ou mesmo negligenciados por pais, familiares e amigos, a tendência é de que essa dor seja “escondida” dentro da vítima, tornando ainda mais difícil o debate transparente e a busca por soluções adequadas.

E isso gera consequências incalculáveis e para toda a vida. Entre os efeitos mais comuns, vale destacar:

  • Comportamentos autodestrutivos;
  • Autossabotagem;
  • Comportamentos mais agressivos;
  • Depressão;
  • Isolamento social;
  • Tristeza profunda, medo e insegurança.

A criança lesada costuma ser impulsiva, dependente, narcisista, carente e tem medo de ser abandonada. Afinal, ela não sabe e nem desenvolveu a capacidade de regular suas emoções ou agir com lógica e razão. E obviamente isso vai refletir em sua fase adulta também.

E como trabalhar a criança interior?

Como todo trauma, não há “receitas prontas” ou “curas”. Logo, a única forma é de evolução pessoal e por meio de processos contínuos de terapias, estudos e de autoconhecimento.

Assim, podemos destacar como dicas práticas os seguintes desafios e objetivos a serem alcançados:

  • Descobrir e enfrentar as emoções reprimidas;
  • Reconhecer suas necessidades;
  • Vencer o passado;
  • Trabalhar o humor;
  • Amadurecer ideias, sonhos e desejos;
  • Saber controlar os sentimentos;
  • Chorar quando preciso e rir sempre que possível.

Em resumo, trabalhar a criança interior não se define somente a reviver lembranças e a felicidade de uma boa infância. Por muitas vezes, essa ideia compreende um caminho de superação e de necessidade de encarar traumas e dores de um passado obscuro e muitas vezes escondido dentro de nós.

E se quer ir mais à fundo sobre o tema e ter apoio de profissionais capacitados, não hesite em conversar com um de nossos especialistas.

Imagem: (divulgação)

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