Em um mundo onde a cultura capitalista nos influencia a consumir sempre mais, o estilo de vida minimalista vem de encontro com a norma do capital. O minimalismo nos ensina a viver apenas com o que é de fato necessário.

A princípio o minimalismo parece complicado, pois estamos acostumados a ceder às pressões sociais para ter a roupa mais cara, o celular mais novo, o carro mais potente.

Entretanto, com a prática é possível obter uma melhora de vida significativa, tanto para si próprio quanto para a sociedade, abrindo mão do acúmulo material desnecessário que causa danos ao planeta em forma de lixo (apenas para citar um exemplo).

Como exercitar esse desapego?

Para obter sucesso, são necessários alguns primeiros passos básicos. Você pode começar, por exemplo, fazendo uma revisão de tudo que é material e doando ou vendendo o que está ali apenas acumulando poeira e não possui nenhuma serventia.

desapego

Aquele violão que foi comprado e nunca usado, o tênis de corrida velho que não serve mais, a blusa de uma viagem de 20 anos atrás que você nem lembrava mais que existia. Tudo isso pode desocupar um espaço físico e mental, e ser responsável pelo primeiro passo de uma vida mais leve.

Além de se despedir do que já existe, outra prática muito importante é a de controlar a compra de novos bens materiais. No minimalismo, aprecia-se mais o prazer advindo das experiências que podem ser vividas do que a alegria momentânea de trocar de carro todo ano, por exemplo.

Benefícios e possibilidades

Ao invés de comprar mais uma peça de roupa que vai ser utilizada poucas vezes, é mais prudente poupar as economias, deixando de gastar com essas pequenas coisas, e no final das contas conseguir viver a experiência de realizar uma viagem dos sonhos. Muito mais interessante, não?

O minimalismo também traz a oportunidade de ter mais tempo disponível para o que realmente importa. Consumindo menos é possível viver bem ganhando menos, ter uma jornada de trabalho menos desgastante e mais tempo para viajar, ir à praia, estar presente no dia-a-dia dos filhos ou brincar com o cachorro.

Para se aprofundar

Existem algumas pessoas que são referência no tema e percorrem o mundo falando sobre o assunto. Algumas dessas pessoas são os escritores Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus, autores do documentário “Minimalism: a documentary about the important things (em português, ‘Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes’)”.

Ryan Niceodemus era um importante e bem-sucedido publicitário que, ao refletir sobre a desgastante rotina que levava, e ser forçado a vender celulares para crianças de cinco anos, decidiu abrir mão da vida que tinha e vendeu 80% de todos os seus bens, incluindo artigos de luxo.

Já Joshua, após a morte de sua mãe e o fim de seu casamento (ambos aconteceram no mesmo mês), percebeu que a vida era “ser” e não “ter”, se juntou com o amigo Ryan e ambos começaram a relatar suas experiências minimalistas em um blog, o The Minimalist.

O resultado da mudança de vida dos dois amigos? Uma vida mais simples e mais focada em experiências vividas e em relacionamentos. Ganhar dinheiro se tornou uma parte da vida, e não o ‘todo’.

Ryan e Josh provam que é possível dar início à um novo estilo de vida mais sustentável e leve. Para isso, basta buscar referências e ter força de vontade. E você, está satisfeito com seu estilo de vida? O que acha do minimalismo? Conte para a gente nos comentários.

(imagens: divulgação)

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